2.9.22

Work-life balance? Sete políticas a que os departamentos de RH devem estar atentos

in Eco online

Saiba como pode implementar no departamento de RH políticas e iniciativas que contribuam para limitar os fatores de stress no trabalho e, ao mesmo tempo, fomentar o work-life balance.

Se, para alguns profissionais, o trabalho termina no final da jornada horária contratualizada, para outros, estende-se para lá do horário de saída e entra pelo fim de semana, dias de férias e até noites em que se está com a família. Mais cedo ou mais tarde, estes profissionais vão sentir o impacto e a sintomatologia do stresse.

Situações de stress continuadas no tempo levam a processos de burnout, com custos para os profissionais, empresas e economia. Portugal é um dos países da Europa onde os profissionais mais dizem sentir-se em risco de burnout.

“Os departamentos de recursos humanos precisam de se envolver e conhecer melhor os hábitos de trabalho dos colaboradores, prevenindo riscos de stress acrescido que comprometam o seu bem-estar pessoal que, por sua vez, se reflete negativamente na produtividade do trabalho”, sugere a Adecco.

Eis sete sugestões que os empregadores podem implementar nas suas políticas de recursos humanos para limitar os fatores de stress no trabalho e, ao mesmo tempo, fomentar um maior equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal dos seus colaboradores:

1. Fornecer algumas regalias

“Não há nenhum profissional que não gostasse de receber benefícios da empresa, tais como inscrição em ginásios, massagens, dias de folga como prémio de desempenho, bilhetes de cinema… Iniciativas simples, que sejam ajustadas às características das pessoas.”
2. Oferecer trabalho remoto ou flexibilidade

Ter um ambiente de trabalho remoto ou flexível é um fator cada vez mais valorizados pelos profissionais, e até mesmo já uma das exigências de muitos candidatos a uma nova posição, em particular entre os mais jovens. “Esperam que o empregador tenha a confiança de que vão desenvolver o seu trabalho, independentemente de onde e quando o fazem”, esclarece a Adecco Portugal.
3. Criar uma política de tempo livre pendente

“Querer tirar algum tempo livre, uma tarde de folga, sair uma hora mais cedo, por exemplo, não significa que uma pessoa seja preguiçosa. Pode apenas precisar de ‘respirar’ e fazer uma pausa não programada em calendário de férias. Na realidade, os profissionais que tiram férias com mais frequência estão mais satisfeitos com o seu trabalho. O tempo livre é um indicador importante do nosso bem-estar, incluindo o empenho no trabalho, criatividade e satisfação conjugal.”

4. Encorajar pausas obrigatórias

Para além das férias, os recursos humanos devem assegurar-se de que todos fazem pausas obrigatórias, pelo menos dois intervalos de 15 minutos por dia e uma pausa para almoço. É saudável encorajar os empregados a encontrar uma forma de trabalhar diferente, ou a mudar-se para uma parte diferente do escritório, uma vez que uma mudança de ritmo pode levar a uma maior produtividade.

5. Aumentar o apoio aos pais

É comum as empresas perderem grandes talentos porque não conseguem satisfazer as suas necessidades de prestação de cuidados aos filhos. “Tanto as mães como os pais querem passar mais tempo com os seus filhos, mas isso nem sempre é fácil quando são obrigados a fazer horas extraordinárias. É essencial ser flexível no que toca à parentalidade, pois é uma das formas mais bem-sucedidas de promover o equilíbrio trabalho-vida”, aponta a recrutadora.

6. Encorajar a inclusão

Se os colaboradores virem os seus colegas, gestores e equipas de recursos humanos a trabalhar fora de horas, é muito provável que se sintam pressionados a fazer o mesmo. Por isso mesmo, os líderes devem liderar pelo exemplo, abstendo-se de abordar os seus colaboradores após o horário de trabalho. Regra de ouro: nada de e-mails, sugere a recrutadora.

7. Arranjar tempo para o voluntariado

Ações de voluntariado podem ser, também, uma forma de fomentar o bem-estar e a motivação entre os colaboradores. “Os valores de uma empresa são um dos tópicos mais atrativos para millennials e geração Z. A remuneração é um fator importante, mas se a empresa não oferece mais do que um ordenado, desinteressam-se e não se revêm nos valores da organização”, esclarece.