2.9.22

Num ímpeto, deixaram tudo para trás. A Europa acolheu-os

Por Inês Moura Pintoin JN

Meio ano passou desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. A guerra originou aquela que já é considerada a pior crise de refugiados na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial, que decorreu entre 1939 e 1945. A 24 de agosto, a Ucrânia celebra o Dia da Independência, num período conturbado da sua história em que luta por ela diariamente.

Estima-se que existam perto de 6,6 milhões de refugiados na Europa - a maioria mulheres, crianças e idosos - a somar a outros 6,6 milhões de deslocados internos na Ucrânia

No total, cerca de 15 milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas - o equivalente a um terço da população ucraniana, e mais do que toda a população portuguesa.

Até ao dia 15 de agosto, a guerra já fez, segundo registos do Gabinete do Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos (OHCHR), 13.212 baixas civis no país. Entre eles 5514 mortos – incluindo 356 crianças – e 7698 feridos.

Seis meses depois da escalada do conflito, mísseis e bombardeamentos mortais continuam a deixar um rastro de destruição sem precedentes na Ucrânia. Milhões de pessoas não têm acesso a serviços básicos de saúde, água ou eletricidade. Muitos arriscam partir, outros tantos arriscam ficar.