in Jornal do Centro
Criado em 2005, o Núcleo Distrital de Viseu da Rede Europeia Anti Pobreza tem como finalidade acompanhar situações de pobreza e exclusão social. Tiago Caio, técnico responsável fala da realidade do distrito.
Como surgiu o Núcleo de Viseu?
A Rede Europeia Anti Pobreza foi criada em 1990 em Bruxelas e neste momento está presente em 31 países. Em Portugal existimos desde 1991 e estamos nos 18 distritos do país.
Existem muitos casos de pobreza no distrito de Viseu?
Sim, no distrito há muitos casos. Uma das maiores problemáticas é o envelhecimento da população. Retirando apenas o concelho de Viseu que é o único que tem o índice de envelhecimento abaixo da média nacional, todos os outros concelhos do distrito têm o índice de envelhecimento acima da média. No distrito temos uma tendência para que a situação se agrave.
Que retrato social faz do distrito?
É possível dizer que o município e a cidade de Viseu são diferentes do resto do distrito. Podemos dividir o distrito em duas regiões, Douro e Dão Lafões. Viseu é uma cidade muito mais desenvolvida do que qualquer outra cidade do distrito. A riqueza está muito centralizada na cidade, apesar de também existir pobreza, e à medida que vamos seguindo para zonas mais rurais verifica-se a situação do envelhecimento da população e da pobreza associada quer ao envelhecimento quer ao isolamento.
Que problemáticas destaca no concelho de Viseu?
Podemos falar nas comunidades ciganas que é um problema que tem vindo a evoluir positivamente, no entanto temos vários focos no concelho. O maior problema está no Bairro Social de Paradinha onde existem mais dificuldades de integração. No Bairro da Balsa também existem pessoas de etnia cigana mas está mais integrado no centro da cidade.