Rita Neto, in Econline
Desde o ano passado, a população da UE aumentou em 1,1 milhões de pessoas, mas Portugal registou uma diminuição de 0,18%. A Alemanha passou a ser o Estado-membro mais populoso.
Desde o primeiro dia do ano passado até ao primeiro deste ano, a população da União Europeia (UE) aumentou para 512,6 milhões de pessoas, de acordo com as estimativas do Eurostat. Só no ano de 2017, essa tendência de crescimento manteve-se em 19 Estados-membros, mas Portugal ficou fora desse grupo, a registar uma diminuição da população de 1,8 por cada 1.000 habitantes.
A 1 de janeiro deste ano, estima-se que a população da UE tenha sido de 512,6 milhões de pessoas, comparativamente com as 511,5 milhões de 1 de janeiro de 2017, um aumento que, segundo o Instituto de Estatística da UE se deveu à migração. Relativamente aos Estados-membros, tendo em conta o primeiro dia do ano, a Alemanha é o mais populoso com 82,9 milhões de habitantes, à frente da França com 67,2 milhões e do Reino Unido com 66,2 milhões.
Por sua vez, Liechtenstein é o menos populoso, com 38,1 mil habitantes, seguido da Irlanda com 348,5 mil e de Malta com 475,7 mil residentes. A meio da tabela está Portugal, com uma população de cerca de 10,3 milhões de pessoas.
No entanto, se falarmos em variação populacional, os números mudam. Foram 19 os Estados-membros que viram os seus habitantes aumentarem, com apenas nove a registarem quedas. A nível da UE, a população aumentou em 1,1 milhões de pessoas, representando uma variação positiva de 2,1% durante 2017.
Destaque para Malta, onde se verificou um aumento de 32,9% de residentes, à frente do Luxemburgo (19%) e da Suécia (12,4%). Em contrapartida, as maiores diminuições verificaram-se na Lituânia (-13,8%), na Croácia (-11,8%) e na Letónia (-8,1%). Portugal manteve-se na tabela dos valores negativos, com uma queda populacional de 0,18% — de 10.309 milhões de pessoas o ano passado para 10.291 milhões este ano.
Irlanda com a maior taxa de natalidade
Durante o ano passado, a UE viu nascer 5,1 milhões de bebés, menos quase 90 mil do que no ano anterior. Isto representa uma taxa bruta de natalidade de 9,9 por cada 1.000 residentes. Os Estados-membros com as taxas mais elevadas foram a Irlanda (12,9 nascimentos por cada 1.000 residentes), na Suécia (11,5‰) e no Reino Unido e França (ambos com 11,4‰). Por sua vez, as taxas de natalidade mais baixas foram registadas em Itália (7,6‰), na Grécia (8,2‰) e em Portugal e Espanha (ambos com 8,4‰).
Em termos de mortalidade, morreram 5,3 milhões de pessoas na UE o ano passado, menos 134,2 mil do que no ano anterior, representando uma taxa bruta de mortalidade de 10,3 pessoas por cada 1.000 residentes. As taxas mais baixas foram registadas na Irlanda (6,3 pessoas por cada 1.000 habitantes), no Chipre (7‰) e no Luxemburgo (7,1‰). No extremo oposto, a Bulgária (15,5‰), a Letónia (14,8‰) e a Lituânia (14,2‰) registaram as mais elevadas. Portugal manteve-se com uma taxa de 10,6‰.