11.11.22

Miguel Guimarães: “Não podemos continuar a ter um SNS com regras de funcionamento como as de há 43 anos”

in  Expresso

Bastonário da Ordem dos Médicos considera que “nunca foi tão importante ter um CEO do SNS como agora”

Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, considera que há oito desafios globais para reformar o Serviço Nacional de Saúde (SNS). “Podemos pensar nas prioridades de duas formas, sendo que uma delas é pensarmos nos grandes desafios que temos na definição de prioridades”, refere em 

Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, considera que há oito desafios globais para reformar o Serviço Nacional de Saúde (SNS). “Podemos pensar nas prioridades de duas formas, sendo que uma delas é pensarmos nos grandes desafios que temos na definição de prioridades”, refere em entrevista ao “Diário de Notícias”.

“Os desafios são oito e são globais: começam nos custos dos cuidados de saúde e terminam na inversão da pirâmide demográfica, onde Portugal e Itália são especialmente afetados”, explicita. Para além disso, o bastonário defende um “novo modelo de gestão”. “Não podemos continuar a ter um serviço público com regras de funcionamento como as que existiam há 43 anos, um modelo de gestão baseado na teoria da burocracia de Max Weber, fantástico na altura, mas que hoje está completamente ultrapassado.”

"Nunca foi tão importante ter um CEO do SNS como agora. Desta vez, não podemos falhar no SNS. Não podemos falhar enquanto país nem quem nos governa pode falhar", admite Miguel Guimarães. “Quando digo "nós", estou a pensar no país e em quem tem hoje capacidade de decisão, ou seja, o Ministério da Saúde e a direção executiva do SNS. Embora com funções aparentemente diferentes, mas que interagem”, acrescenta.