in Jornal de Notícias
O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, avançou, esta terça-feira, que a taxa de proteção social subiu 7% face ao início de 2011, havendo mais 140 mil portugueses abrangidos.
"Com menos desempregados temos mais gente com proteção social em medidas como o subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego e outras prestações", afirmou Mota Soares aos jornalistas, à margem da Conferência "Qualificação Profissional - Competitividade - Crescimento económico" promovida pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã.
O ministro comentava desta forma os últimos dados do Instituto da Segurança Social, que indicam que o número de beneficiários de apoios em situação de desemprego voltou a cair em maio deste ano, para as 281.059 pessoas, sendo preciso recuar até janeiro de 2009 para encontrar um número mais baixo.
"Neste momento, depois de quatro anos muito difíceis e muito duros, já há menos desempregados em Portugal do que existiam quando tivemos de assinar o pedido de resgate" com a 'troika', disse Mota Soares.
Apesar de haver menos desempregados, há mais pessoas abrangidas pela proteção social, através de prestações sociais e de medidas ativas de emprego e qualificação e formação profissional, sublinhou.
"Neste momento a taxa de proteção social subiu 7% face ao início de 2011, o que quer dizer que temos mais 140 mil portugueses com algum tipo de proteção, sendo que muitas vezes essa proteção é uma medida para ajudar a qualificar os portugueses e os ajudar a regressar mais rapidamente ao mercado de trabalho", adiantou Mota Soares.
Lembrou que a descida do número de meses (de 15 para 12) que é preciso descontar para se poder aceder ao subsídio de desemprego permitiu que 100 mil portugueses - principalmente os mais jovens que têm carreiras contributivas mais curtas - passassem a aceder ao subsídio de desemprego que "antigamente lhes era negado".
Mota Soares apontou ainda a redução de 84 mil desempregados de longa duração desde o início de 2013, mas reconheceu que ainda há "um longo caminho" a percorrer para baixar a taxa de desemprego.
"Sabemos que com este nível de desemprego ainda temos muito para fazer, ainda temos muito trabalho pela frente, mas a verdade é que tem vindo a baixar", ainda que lentamente, de forma "sólida e sistemática".
De acordo com os dados disponibilizados online pela Segurança Social, em maio de 2015, havia menos 10.542 pessoas a receber estes subsídios de desemprego do que em abril (-3,6%).
Desde janeiro, há menos 25.003 trabalhadores a beneficiar destas prestações do que havia no final de 2014, uma queda de 8,2%.