in o Observador
O secretário de Estado do Emprego, Octávio Oliveira, reconheceu , em Fafe, que o desemprego em Portugal ainda afeta 30% dos jovens, mas assinalou que a taxa já esteve no 42%.
O secretário de Estado do Emprego, Octávio Oliveira, reconheceu, em Fafe, que o desemprego em Portugal ainda afeta 30% dos jovens, mas assinalou que a taxa já esteve no 42%.
Os progressos alcançados, explicou, também de devem aos estágios profissionais, após os quais 70% dos jovens conseguiram emprego.
Segundo Octávio Oliveira, a diminuição do desemprego entre os mais novos tem acompanhado a tendência global nacional, cuja taxa é atualmente, disse, de 13%, o que reflete uma queda considerável face aos 17,5% verificados em 2013.
O secretário de Estado falava em Fafe, onde hoje foi celebrado um protocolo entre a associação empresarial local e o Instituto de Emprego para a realização de 10 ações de formação, no âmbito da medida “Vida Ativa”, que vão beneficiar cerca de 200 desempregados, representando um investimento de 365.000 euros.
O secretário de Estado sublinhou “o grande sucesso” daquele tipo de formação, exemplificando que, só no último ano, em Fafe, foram beneficiadas cerca de 500 pessoas, em cursos de diferentes áreas profissionais.
De acordo com o governante, aquele modelo de formação profissional, criado pelo atual executivo, que “privilegia o contacto com as empresas”, tem permitido qualificar os recursos humanos de acordo com as “necessidades dos empregadores” e acelerar o regresso dessas pessoas ao trabalho.
Referindo-se, em concreto, à evolução do desemprego no distrito de Braga, ao qual pertence Fafe, avançou que, atualmente, afeta menos 14.000 pessoas do que em 2013.
Segundo anotou, em 2013 estavam registados 61.000 pessoas sem trabalho naquele distrito, número que diminuiu para 54.000 em 2014 e 47.000 em 2015.
A descida ocorrida no distrito está em linha com o contexto nacional, onde há menos 124.000 pessoas sem trabalho do que em 2013, apontou. Também em Fafe, prosseguiu, baixou dos 4.000 desempregados, há dois anos, para pouco mais de 3.000, atualmente.
O resultado alcançado, disse, é mérito das políticas ativas de emprego e reformas realizadas pelo Governo e matéria laboral, mas sobretudo, acentuou, das empresas e outras instituições, nomeadamente do setor social, que têm criado emprego.
Também a maior “proximidade e cooperação” com as associações empresariais, como ocorre em Fafe, tem tornado “mais eficazes” as medidas adotadas pelo Governo.
A propósito, elogiou o “dinamismo” e a “qualidade” da Associação Empresarial de Fafe, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto, no apoio que presta aos seus associados e na formação profissional que proporciona à população.
Jorge Gaspar, presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional, presente na sessão, salientou as vantagens de a formação prevista no protocolo hoje celebrado permitir adaptar as qualificações às necessidades concretas das empresas.
“Formar é para empregar, não é para manter entretidas as pessoas”, declarou.
Por seu turno, o presidente da Confederação do Comércio Português (CCP), João Vieira Lopes, sublinhou a boa cooperação com a secretaria de Estado do Emprego.
Reconheceu também que, para além dos empregados, também os empresários têm de melhorar a sua qualidade de gestão para promover a competitividade e a produtividade.