25.11.15

Números do desemprego sobem de novo e apontam 9 milhões de pessoas

in Globo.com

Dados se referem a julho e setembro.

Expectativa para o cenário futuro não é nada animadora.

O número de desempregados subiu de novo entre julho e setembro. Agora são, pelo menos, 9 milhões de pessoas sem carteira assinada no país e a previsão do que vai acontecer daqui pra frente não é nada animadora.

Lá se vão sete meses sem trabalho. E Dylan está de novo em mais uma busca por emprego.

Eliana Silva diz que topa mudar de função. “Eu sou operadora de loja, mas se não der, a gente topa outra coisa”, diz.

Eles estão entre os milhares de candidatos que enfrentam madrugadas na fila com a esperança de conseguir uma das 6 mil vagas oferecidas por 20 empresas em um feirão em Niterói, região metropolitana do Rio. A quantidade de gente dá a dimensão de como o trabalho está cada vez mais escasso no país.

A construção civil e a indústria foram os setores que mais demitiram. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o desemprego foi maior no Nordeste e menor, no Sul do país.

Os economistas explicam que a nossa economia vinha sendo sustentada por dois indicadores: o consumo das famílias e os gastos do governo. O desequilíbrio nas contas obrigou o governo a diminuir esses gastos e a inflação e os juros altos frearam as famílias. Sem esses dois pilares, o consumo em geral caiu no país. Produzindo menos, as empresas tiveram que demitir e mais brasileiros começaram a procurar trabalho.

Para o economista Mauro Rochlin, por enquanto, não há expectativa de recuperação. “Muito difícil a gente imaginar que uma retomada da indústria aconteça a curto prazo ou em qualquer outro setor, mesmo o de serviços, portanto acho que 2016 será um ano de muita dificuldade no ponto de vista do emprego”.