In "Destak"
A maioria das vítimas de tráfico para fins sexuais é do sexo feminino, o que exige apoios específicos, alerta estudo.
A esmagadora maioria das vítimas de tráfico para fins sexuais é do sexo feminino. A percentagem chega aos 96%, revela um estudo realizado por um grupo de investigadores da Universidade de Lancaster, no reino Unido, apoiado pela Comissão Europeia. Quanto aos homens, representam a maioria das vítimas de trabalhos forçados (74%).
O que significa que o apoio dado a estas vítimas tem que ser diferente, até porque, confirma o relatório, os efeitos de longo prazo resultantes da exploração sexual são também eles diferentes, incluindo infeções (até pelo vírus da sida) e ferimentos que por vezes nunca se transformam em cicatriz.
Sylvia Walby, professora de sociologia e presidente do grupo de investigação de género da UNESCO, uma das autoras do documento, deixa conselhos para as forças de autoridades que lidam com estas situações.
«É preciso que tenham uma linguagem, políticas e práticas específicas para cada género». E embora o tráfico deve ser entendido como uma violação dos direitos fundamentais, «o quadro dos direitos fundamentais deve dar mais espaço para o reconhecimento da especificidade das experiências das mulheres»