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Mundo enfrenta maior crise humanitária em 70 anos com quatro países em risco de fome, afirma do diretor do Programa Alimentar Mundial. São precisos 850 milhões de euros
O diretor do Programa Alimentar Mundial alertou hoje para aquilo que considera ser a maior crise humanitária em 70 anos, com mais de 20 milhões de pessoas no Iémen, Somália, Sudão do Sul e Nigéria em risco de fome.
Uma fome é uma situação rara. Quatro países à beira de fome ao mesmo tempo? Nunca se ouviu falar. Enfrentamos a maior crise humanitária em 70 anos, com 20 milhões de pessoas perto de morrer à fome em quatro países”, disse David Beasley em entrevista à Lusa.
O americano, que foi nomeado para o cargo pelo secretário-geral, António Guterres, em março deste ano, diz que a situação mais grave acontece no Iémen, onde perto de sete milhões de pessoas são incapazes de sobreviver sem algum tipo de ajuda alimentar.
ONU precisa de 850 milhões de euros
O Programa Alimentar Mundial precisa de 850 milhões de euros para impedir a fome em quatro países até ao final do ano, acrescentou David Beasley.
Precisamos de quase 850 mil milhão de dólares para combater a fome nestes países nos próximos seis meses. Quando estamos com poucos fundos, o programa é obrigado a cortar nas rações de comida, deixando as pessoas com menos do precisam para ter uma vida normal e saudades. Quanto mais dramáticos os cortes, maior o número de pessoas que pode morrer por falta de comida”, disse.
“Falta de fundos significa que pessoas podem morrer. É tão simples quanto isso”, acrescenta o responsável.