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Segundo o estudo In-work poverty in the EU, elaborado pela Eurofound, um em cada dez trabalhadores na União Europeia encontra-se em risco de pobreza e 13% não tem acesso a bens domésticos básicos.
Um em cada dez trabalhadores na UE encontra-se em situação de risco de pobreza e 13% não tem acesso a bens domésticos básicos, assegura o estudo (In-work poverty in the EU) publicado em Dublin na terça-feira pela a Eurofound (Fundação Europeia para o Melhoramento das Condições de Vida e Trabalho).
Para além disto, o relatório da Eurofound contabilizou que apenas 5% dos trabalhadores em regime de full-time entram na categoria de trabalhador em situação de pobreza, enquanto 29% dos trabalhadores em part-time involuntário e 25% dos trabalhadores independentes se enquadram nesta categoria.
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Através destes dados, o estudo aponta para um forte relação entre o modelo contratual e a situação de pobreza dos trabalhadores, alertando por isso para a importância de todos os trabalhadores terem o mesmo acesso a proteção social independentemente da natureza do seu vínculo laboral.
Como medida de prevenção adicional para abordar esta problemática, o estudo da Eurofound aconselha a prestar não só atenção ao salário mínimo como pilar fundamental de qualquer modelo de proteção social como também a verificar o montante respeitante ao rendimento mínimo de um agregado familiar, por forma a perceber melhor a situação real dos trabalhadores. Alerta também para a necessidade de criar medidas para facilitar a transição entre trabalhos, nomeadamente o fornecimento de apoio financeiro.
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As consequências desta situação de precariedade, diz o relatório, vão para além de uma questão material: “Estar na categoria de trabalhador em situação de pobreza está associado a vários problemas sociais, incluindo níveis baixos de bem-estar subjetivo e mental, problemas com o ambiente doméstico, más relações e sentimentos de exclusão social”.
No que diz respeito à posição dos governos, um relatório de 2010 da mesma instituição indicava que, à exceção da Bulgária, Chipre, Alemanha, Irlanda e Reino Unido, nenhum estado-membro teve esta problemática como prioridade na sua agenda. Em vez disso, muitos canalizaram os seus esforços para o problema social do combate ao desemprego. Hoje em dia, o atual relatório apurou que o assunto se mantém fora das prioridades, sendo que os governos estão apenas focados em combater a pobreza em termos gerais.