Lucília Tiago, In Dinheiro Vivo
Um em cada cinco (18,6%) dos europeus que estavam desempregados no primeiro trimestre de 2015, conseguiram arranjar um emprego nos três meses seguintes. Este movimento abrangeu 4,1 milhões de pessoas, segundo o Eurostat. O número é inferior aos 5 milhões de pessoas que no mesmo período perderam o emprego (2,2 milhões) ou passaram para a inatividade (2,8 milhões).
Pela primeira vez o Eurostat publicou informação sobre os movimentos de entrada e saída do desemprego e também da inatividade. Os dados não estão ajustados do efeito da sazonalidade e mostram que a situação em Portugal foi ligeiramente mais favorável do que a observada no conjunto da UE, já que um em cada quatro dos portugueses (25%) que se en
O que são os inativos?
São pessoas que que não estão empregadas nem desempregadas, incluindo neste conceito estudantes, reformados ou donas de casa que não estão disponíveis nem procuram trabalho.
contravam desempregados no primeiro trimestre deste ano conseguiu arranjar um trabalho nos três meses seguintes.
No total ha 12 Estados-membros onde a percentagem de desempregados que começou a trabalhar nos segundo trimestre deste ano é mais elevada do que a média de 18,6% observada no conjunto da UE. A Dinamarca surge mesmo como o país onde este movimento foi mais acentuado: entre os primeiro e o segundo trimestres 38,4% dos desempregados conseguiu arranjar alguma espécie de trabalho. Segue-se, na tabela do Eurostat, a Suécia (29,6%), a Estónia (29,2%), a Áustria (26,3%)Finlândia e Portugal com 25,6% e 25%, respetivamente.
Traduzindo em números, o que estes dados revelam é que do total de desempregados registados na UE no primeiro trimestre, 14,2 milhões mantiveram esta situação e 4,1 milhões ocuparam um emprego – sendo certo que em termos estatísticos é considerada empregada a pessoa com registo de pelo menos uma hora de trabalho com registo de remuneração na semana anterior à que serve de referência para o apuramento da informação.
No mesmo período, houve igualmente mudanças no entre o universo de pessoas que estão na inatividade e o que os dados mostram é que 3,4 milhões de inativos encontraram emprego mas que 4,2 milhões passaram a ser classificadas como desempregadas. Para as autoridades estatísticas, são consideradas inativas as pessoas que não estão empregadas nem desempregadas, incluindo neste conceito estudantes, reformados ou donas de casa que não estão disponíveis nem procuram trabalho.
Entre o primeiro e o segundo trimestres, conta-se ainda um universo de 5 milhões de pessoas que estavam a trabalhar mas que entretanto ficaram desempregadas (2,2 milhões) ou passaram a para a situação de inatividade (2,8 milhões).
O Instituto Nacional de Estatística publica no próximo dia 29 de outubro as habituais estatísticas mensais do desemprego, altura em que será anunciada a estimativa provisória da taxa de desemprego em setembro e a definitiva para agosto. Uma semana depois, a 4 de novembro, será publicada a estatística do emprego (com os dados do 3º trimestre deste ano). Em agosto, a taxa de desemprego em Portugal foi de 12,4%.