Sónia M. Lourenço, in Expresso
Economistas ouvidos pelo Expresso apontam para uma estabilização da taxa de desemprego entre os 6% e os 6,5%
São cada vez mais os sinais de que a festa está a acabar na descida do desemprego em Portugal. Depois de quedas a pique nos últimos anos, que levaram a taxa de desemprego a recuar de uns inéditos 17,5%, no auge da crise (no início de 2013), para 6,7%, no terceiro trimestre de 2018, a tendência é agora de estabilização. É nesse sentido que apontam os economistas ouvidos pelo Expresso, depois de vários indicadores terem vindo a lançar o alerta.
É o caso dos dados mensais do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Os números relativos a dezembro de 2018, divulgados esta segunda-feira, revelam que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego — o chamado desemprego registado — voltou a aumentar face ao mês anterior (evolução em cadeia). É certo que em termos homólogos, isto é, em relação ao mesmo período de 2017, ainda se verificou uma queda acentuada, de 16%, para 339.035 pessoas. Mas, na evolução em cadeia o desemprego registado tem vindo a subir consecutivamente desde agosto de 2018, com outubro como única exceção a esta tendência de agravamento.