in Jornal Económico
De acordo com a OMS, “O envelhecimento ativo e saudável é definido como o processo de otimização das oportunidades para a saúde, participação na sociedade, segurança e consequente melhoria da qualidade de vida, à medida que as pessoas envelhecem.”
Portugal é dos países no mundo com a população mais envelhecida, tendo, em 2017, 21% da população com 65 anos, ou mais, e um índice de envelhecimento (número de idosos/100 jovens) de 153%. Adicionalmente, em 2016, a esperança média de vida tinha subido para 77,7 para os homens e 83,4 para as mulheres (PORDATA).
Esta mudança da estrutura etária das populações, quando combinada com o aumento da prevalência de doenças crónicas, em particular na população acima dos 60 anos, obriga-nos a repensar o modelo utilizado até à data de prestar cuidados na doença, face à insustentabilidade financeira e sociológica do mesmo. É necessário descobrir novas formas de diminuir a discrepância entre esperança média de vida e qualidade de vida.
A EY tem promovido fóruns internacionais com o objetivo identificar as melhores formas de promover o envelhecimento ativo. Especialistas dos mais diversos sectores, focaram-se, não só em oportunidades de curto prazo, mas também em investimentos necessários de fazer no futuro, para conseguirmos, como sociedade, dar uma resposta holística ao tema e garantir qualidade de vida a custos sustentáveis.
Destes fóruns, resultaram 3 principais áreas de atuação, nas quais todos os participantes consideram ser essencial investir:
– Plataformas integradas não só com informação de saúde, mas também de todos os outros fatores determinantes da qualidade de vida (educação, nível socioeconómico, emprego, etc). Isto iria permitir uma mudança do foco de tratar a doença física, para promover a saúde em todas as suas dimensões;
– Medicina de precisão como uma abordagem para tratamento e prevenção da doença que tem em consideração a variabilidade de genes, ambiente e estilo de vida de cada pessoa, permitindo assim apostar na prevenção e aumentar a eficácia do tratamento;
– O envolvimento do indivíduo na construção da própria qualidade de vida desde a sua juventude, fornecendo-lhe informação para tomar as decisões necessárias nesse sentido.
A EY entende que estas áreas de atuação são imperativas em Portugal e urge passar à ação.