17.11.14

Sentir-se jovem ajuda a manter memória

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Sentir-se mais jovem do que realmente é pode ajudar a preservar a memória e as funções cognitivas conforme se vai envelhecendo.

Na edição de Novembro do American Journal of Geriatric Psychiatry, um novo estudo sugere que o processo de envelhecimento é uma experiência tanto subjectiva como biológica. Uma auto-imagem mais jovem é mais comum em pessoas fisicamente activas com um índice corporal mais baixo.

Os quatro investigadores responsáveis pelo estudo partiram da análise a dados de 1352 homens e mulheres, com idades compreendidas entre os 50 e os 75 anos de idade, recolhidos durante 1994 e 1995. A cada participante foram feitas duas perguntas: no dia-a-dia, que idade sentiam ter e quais as rotinas de exercício físico. Informações acerca de doenças crónicas, estado civil e grau académico também foram anotadas, mas não tiveram impacto nos resultados finais.

Dez anos depois do primeiro inquérito, entre 2004 e 2006, as capacidades de planear e completar tarefas complexas e a função cognitiva foram avaliadas através de testes de memória. Os resultados mostraram que, em média, os participantes mais activos fisicamente se sentiam 19% mais jovens do que a sua idade real. Dos 1352, 89% disseram sentir-se mais novos enquanto 11% disseram que, na maior parte do tempo, se sentem mais velhos do que são. Aqueles que se sentiam mais velhos do que a idade real tiveram 25% mais falhas de memória nos testes realizados.

Os investigadores alertaram ainda para a necessidade de “acompanhamento e monitorização” das pessoas que se sentem mais velhas, considerando que esse sentimento pode ser um indicador precoce de cognição debilitada que pode levar à demência.