Miguel Marujo, in Fátima Missionária
«A maioria dos países baseiam os seus sistemas de proteção social numa abordagem médica à deficiência», disse Catalina Devandas Aguilar, relatora especial das Nações Unidas sobre os direitos das pessoas com deficiência, perante a Assembleia Geral da ONU.
Sob este modelo, Catalina Devandas Aguilar disse que as pessoas com deficiência são vistas como incapazes de estudar, trabalhar ou viver de forma independente na sociedade. «Essa abordagem promove uma falsa sensação de bem-estar e proteção», advertiu a especialista.
«Sim, as pessoas com deficiência obtêm serviços e benefícios, mas muitas vezes à custa da sua autonomia e independência. Essa abordagem tem, sem dúvida, resultado em mais pobreza, segregação, estigmatização e exclusão».