9.3.16

Portugal dá novo sinal de solidariedade ao receber 64 refugiados

In "Portugal.gov"

Ministro Adjunto recebeu um grupo de 64 refugiados, que chegou ao aeroporto de Figo Maduro. Eduardo Cabrita - que foi acompanhado pela Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino – salientou o sinal de solidariedade que, assim, foi dado por Portugal, no dia em que acontece a reunião entre União Europeia e Turquia

«Portugal e França são hoje dois países que mostraram este sinal de solidariedade, de dizer não ao fecho de fronteiras, dizer sim à cooperação europeia para apoiar quem foge da guerra e de situações de dificuldades», afirmou o Ministro. Portugal, tal como França, responderam a um pedido de cooperação do Gabinete Europeu de Apoio ao Asilo e da Comissão Europeia.

Estes requerentes de proteção internacional recolocados que hoje chegaram a Portugal, provenientes da Grécia, são maioritariamente sírios e iraquianos e foram transportados para instituições de acolhimento em 15 cidades ou vilas do Continente: Beja, Santarém, Lisboa, Faro, Olhão, Nisa, Torres Novas, Guimarães, Sintra, Braga, Évora, Espinho, Porto, Setúbal e Nazaré.

Os refugiados «vão ser colocados em instituições de solidariedade social, em misericórdias e em casas encontradas pelos municípios, pelo Conselho Português para os Refugiados, pela Plataforma de Apoio aos Refugiados, pelo Serviço de Jesuítas de Apoio aos Refugiados e pela Cruz Vermelha, que deram uma cooperação que queria realçar», disse o Ministro.

Para já, estes refugiados vão beneficiar do modelo de apoio a nível europeu, que tem a duração de 18 meses: «Este apoio compreende no quadro português, para além do apoio financeiro, o acesso ao Serviço Nacional de Saúde, à escola para as crianças e o direito à habitação».

«A ideia é, ao longo de 18 meses, programar o caminho de futuro. O ideal seria termos paz na Síria e no Iraque e que estas pessoas pudessem ponderar o retorno aos seus países. Caso não suceda, queremos ponderar a forma de os integrar na sociedade portuguesa», referiu Eduardo Cabrita.

Está igualmente prevista a chegada de mais cinco dezenas refugiados durante a semana.

O Ministro sublinhou que «o que é importante é a disponibilidade de Portugal de ter um papel ativo neste processo, o que significa estarmos disponíveis nesta fase para receber até ao final do ano dez mil pessoas».