Mariana Bandeira, in Económico
Em causa está a ausência de retorno aos países de origem, de acordo com “International Migration Outlook” de 2018. A organização estima que o impacto dos recentes fluxos de refugiados em idade ativa não exceda os 0,4% até dezembro de 2020 nos países europeus.
O número de pedidos de asilo negados a migrantes pode atingir os 1,2 milhões até ao final de 2020 nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), prevê o “International Migration Outlook 2018”, publicado esta quarta-feira, 20 de junho. A rejeição deve-se à ausência de retornos aos países de origem (sobretudo Afeganistão, Síria e Iraque), conforme argumenta a organização, no dia em que também veio a público que Portugal está no ‘top 10’ de países europeus que mais luz ‘vermelha’ dá às solicitações de novos refugiados.
De acordo com o mais recente relatório de migrações da OCDE, entre janeiro de 2014 e dezembro de 2017, os países da Europa receberam quatro milhões de novos pedidos de asilo, o que representa o triplo do valor registado no quadriénio anterior. Durante o mesmo período, cerca de 1,6 milhões de indivíduos receberam proteção internacional.
“Para o conjunto dos países europeus, estima-se que o impacto relativo das recentes entradas de refugiados na força de trabalho dos mesmos seja bastante reduzido, menos de 0,25% até dezembro de 2020. No entanto, grupos específicos (jovens e homens com baixos níveis de escolaridade) nos países mais afetados (Áustria, Alemanha, Suécia) estão mais expostos”, refere o documento.
Na data em que se comemora o Dia do Refugiado, organização internacional assinala ainda que, em média, na OCDE, a taxa de emprego dos migrantes aumentou 1 ponto percentual no ano passado, para 67,1%, e estima que o impacto dos recentes fluxos de refugiados em idade ativa não exceda os 0,4% até dezembro de 2020, nos países europeus.
A edição deste ano do “International Migration Outlook 2018” analisou os últimos desenvolvimentos nos movimentos e políticas de migração nos países da OCDE e em alguns países não membros, bem como a evolução do mercado de trabalho dos imigrantes nestas nações, a qualidade do emprego que têm e os setores e áreas em que estão inseridos.