in Agência Ecclesia
O Centro de Acolhimento João Paulo II tem sido, este ano, mais procurado pelas famílias de Coimbra, que carecem dos mais variados apoios, no combate às situações de carência financeira. Segundo o coordenador do Centro de Acolhimento João Paulo II, Armando Garcia, houve um aumento significativo das famílias auxiliadas, que, até meados deste ano, atingiu mais de 700. No ano anterior, o centro prestou apoio a 600 famílias.
Armando Garcia revelou que o aumento dos mais de 100 casos é significativo, realçando, no entanto, as situações novas que têm ocorrido este ano, nomeadamente no que diz respeito à “tipologia das famílias” que recorrem ao apoio prestado pelo centro. Famílias de classe média, que contraem dívidas através de empréstimos, em situações de desemprego ou, ainda, por descontrolo de gestão mensal, dependem agora, em maior número, do apoio do Centro de Acolhimento João Paulo II na ajuda pecuniária para pagar rendas, medicamentos e alimentação.
De forma a proporcionar o “desafogo financeiro” das famílias conimbricenses em situação de ruptura, Armando Garcia adiantou que foi necessário criar uma “filosofia de intervenção diferente”, tornando possível, até agora, dar resposta aos problemas das famílias que já recorreram, este ano, ao apoio do centro. Armando Garcia acredita que, para além da crise financeira que agora se faz sentir em maior número, a falta de capacidade por parte de outras instituições, particularmente da Segurança Social, em assegurar as necessidades básicas destas famílias, tem contribuído para o aumento da procura do apoio prestado no centro.
Quanto à possibilidade de esta procura continuar a aumentar, o coordenador não pensa “cruzar os braços”, mas “reunir mais esforços, mais trabalho”, de forma a serem capazes de alcançar “o desenvolvimento e a qualidade do serviço prestado, para dar resposta a todas as pessoas carenciadas, que se dirigem ao centro”.