Por Natália Faria, in Público on-line
É um ritual que se repete todos os anos: a compra dos manuais escolares vai custar este ano mais 1,13 por cento às famílias com filhos a frequentar o ensino básico. No secundário, não há aumento de preços.
A actualização em 1,13 por cento no valor dos livros para os alunos que frequentam o básico é inferior ao valor da inflação que, em Junho, registou 2,94 por cento. Esta estabilização dos preços fica aquém do aumento permitido pela convenção estabelecida em 2010 entre o Governo, editores e livreiros e reflecte - escreveu ontem a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) em comunicado - "o sentido de responsabilidade dos editores escolares perante a situação económica e social que o país atravessa". Isto porque "há um interesse em tornar a compra dos manuais escolares o menos pesada possível para as famílias com filhos em idade escolar", como precisou ao PÚBLICO Miguel Freitas Costa, da APEL, sem deixar de ressalvar que esse esforço "se faz à custa das margens das editoras que, no ano passado, já tiveram de suportar o aumento do IVA de cinco para seis por cento".
A menos de um mês da abertura do novo ano escolar, a APEL garante que "o abastecimento do mercado escolar está a decorrer sem problemas, com a maioria dos livros já disponível nas livrarias".
Como nos anos anteriores, o ensino secundário é o que mais pesa nas carteiras das famílias portuguesas: à volta de 200 euros. No terceiro ciclo do básico, o custo dos manuais ronda os 170 euros, podendo baixar para perto dos 80 euros no 2.º ciclo e para cerca de 25 euros no 1.º ciclo do básico.