In "TSF"
A delegação portuguesa da Amnistia Internacional entrega, esta quinta-feira, ao governo uma petição com 16.500 assinaturas na qual se apela aos líderes da União Europeia para que mudem as politicas de migração e de asilo no espaço comunitário.
A presidente da Amnistia Internacional - Portugal, Susana Gaspar, considera que, até agora, as politicas adotadas pelos 28 relativamente aos refugiados e requerentes de asilo não deram resultado e por isso, à TSF, a responsável diz que é necessário mudar as políticas de migração e de asilo, no sentido de minorar os riscos de vida que migrantes, refugiados e candidatos a asilo correm para chegar à Europa, em particular nas rotas do Mediterrâneo e dos Balcãs.
Como exemplos do "falhanço" das políticas europeias para as migrações, Susana Gaspar aponta "o programa de recolocação de refugiados" que não conseguiu colocar o número previsto de pessoas em países da União Europeia. Mesmo a Portugal só chegaram, até ao final de 2015, 24 pessoas."
A Amnistia, para além de exigir uma reforma das políticas de asilo no espaço europeu, considera ainda que é urgente garantir que os direitos humanos sejam cumpridos. Susana Gaspar diz que "tal não tem acontecido". A responsável dá exemplos: "A questão das pessoas serem devolvidas aos seus países é absolutamente ilegal. As pessoas nem sempre têm o direito a requerer asilo e ficam demasiado tempo retidas nas fronteiras. Acontece que estamos a levantar cada vez mais muros e isso não permite que se tenha rotas seguras e as pessoas acabam por viajar clandestinamente e sem condições".
Esta iniciativa junta-se a uma campanha, existente há quase dois anos, chamada SOS Europa. Esta é uma iniciativa de de pressão da sociedade civil para que a UE mude as suas políticas de migração e asilo, considerando que a determinação cega dos países europeus em fecharem fronteiras e discriminarem a entrada de refugiados e migrantes está a pôr milhares de vidas em risco.