in Jornal Económico
É uma percentagem "muito relevante, tendo em conta o curto período decorrido desde a chegada a Portugal e a fase do processo de integração em que se encontram", defende o Governo.
Estão em Portugal, atualmente, 1112 refugiados, distribuídos entre 89 municípios. E dos 509 que chegaram ao país em idade ativa, 78 estão a trabalhar. É um número que “está a superar as expectativas”, segundo Rui Marques, coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), como escreve hoje o Jornal de Notícias.
Também o Governo está satisfeito com a percentagem, referindo que é “muito relevante, tendo em conta o curto período decorrido desde a chegada a Portugal e a fase do processo de integração em que se encontram”.
O português é a principal razão pela qual o número não é ainda mais elevado.
Os dados são das últimas estatísticas consolidadas pelo gabinete do ministro Adjunto, Eduardo Cabrita. As áreas em que trabalham são diversas: 46 refugiados estão no comércio, 23 em fábricas e nove estão em áreas ligadas à agricultura.
A língua continua a ser a maior barreira para uma integração mais fácil. O IEFP alegou não haver alunos suficientes para abrir turmas de português mas várias instituições apoiam as famílias com aulas intensivas. No entanto, sem um trabalho é mais difícil praticar o português, visto que em casa falam árabe.
A maioria dos refugiados que chegam a Portugal têm cursos superiores e desejam prosseguir os estudos mas a dificuldade em arranjar trabalho é tanta que admitem querer trabalhar em áreas totalmente distintas. Como é o caso de Alan Ahmand, 33 anos. Era motorista no Iraque mas expressa uma vontade imensa em entrar no mercado de trabalho, mesmo que seja numa barbearia, como disse ao JN.