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Ao final do ano passado, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) estimou em 65,6 milhões o número de vítimas de deslocamento forçado. O índice, que já era um recorde, tende a se agravar. Conjuntura foi tema de pronunciamento do chefe do organismo internacional, Filippo Grandi, em Genebra, na segunda-feira (2).
Durante a reunião anual do Comitê Executivo da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o chefe do organismo internacional, Filippo Grandi, informou na segunda-feira (2) que mais de 2 milhões de pessoas deixaram seus países de origem em 2017. Esse contingente cruzou fronteiras na condição de vítimas de deslocamento forçado. Para o dirigente, comunidade internacional “está falhando” com os refugiados e requerentes de asilo.
“Sem que haja um senso comum de propósito, necessário para prevenir, conter e resolver conflitos, o mundo continuará enfrentando novos fluxos de refugiados, por esse motivo é necessário reforçar sua capacidade de resposta”, defendeu Grandi.
Ao final do ano passado, o ACNUR estimou em 65,6 milhões o volume de pessoas internamente deslocadas, solicitantes de refúgio e refugiados. O índice — um recorde — tende a se agravar.
“Em 2017, até o momento, mais de 2 milhões de pessoas foram forçadas a deixar seus países como refugiados. Eles geralmente chegam doentes, traumatizados, famintos, em regiões fronteiriças remotas, em comunidades assoladas pela pobreza e pelo subdesenvolvimento”, acrescentou o alto-comissário.
Grandi lembrou sua visita a Bangladesh, na semana passada, quando pôde ver em primeira mão uma das mais sérias emergências humanitárias. “Em apenas cinco semanas, meio milhão de refugiados Rohingya foram forçados a fugir de atos terríveis de violência em Mianmar.”
O chefe do ACNUR acrescentou que “é ainda mais angustiante imaginar que, enquanto isso estava acontecendo, outros 50 mil refugiados foram forçados a fugir do Sudão do Sul, onde os sonhos que acompanharam a independência foram dilacerados, e outras 18 mil pessoas tentaram escapar dos recentes conflitos na República Centro-Africana”.
Cobrando mais esforços para o gerenciamento dos fluxos de deslocamento forçado, o dirigente afirmou que “essa não é apenas uma questão de princípios e valores, mas também de construir uma estabilidade regional e global”. “A proteção e a segurança de pessoas refugiadas são objetivos complementares e devem ser buscados conjuntamente”, disse.
Grandi elogiou o que descreveu como uma onda de solidariedade com os refugiados, que está arraigada na sociedade civil. Movimentos para acolher e ajudar populações deslocadas também receberam apoio de prefeitos, lideranças empresariais e outras figuras públicas. Atitudes de compaixão e hospitalidade, coletivas e individuais, equilibraram um cenário marcado por “medidas generalizadas de detenção e exclusão”.
“O caráter internacional da proteção de refugiados tomou novas formas – por meio de redes em cidades, organizações da sociedade civil, associações do setor privado, entidades esportivas e outras formas de colaboração que se estendem além das fronteiras”, avaliou o alto-comissário, que enfatizou a necessidade de países compartilharem responsabilidades para enfrentar a atual crise migratória.