Foz ao Minuto
Decorreu no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz (CAE) a conferência de imprensa das I Jornadas sobre Parentalidade da Figueira da Foz - Evoluir do Conflito Parental para a Coparentalidade, evento que se realiza no CAE já no próximo dia 2 de Fevereiro.
Com organização conjunta da Câmara Municipal da Figueira da Foz, da ASOS – Associação Soltar os Sentidos, da Casa Nossa Senhora do Rosário, da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens da Figueira da Foz, da EAPN - Núcleo Distrital de Coimbra e da Ordem dos Advogados - Delegação da Figueira da Foz, as I Jornadas sobre Parentalidade da Figueira da Foz - Evoluir do Conflito Parental para a Coparentalidade resultam de um desafio lançado por algumas destas entidades, «a que a Autarquia aderiu sem reservas, porque é nossa obrigação apoiar a discussão pública sobre este tema», afirmou, na conferência de imprensa, o Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, João Ataíde.
O edil lembrou que «o paradigma familiar está em constante mudança, por múltiplas razões, e obriga a uma permanente procura das soluções que melhor protejam o superior interesse da criança, não apenas o seu bem-estar, ou a sua educação e formação, mas aquilo que normalmente designamos por felicidade», acrescentou. Os já quase 700 inscritos reforçam a convicção do autarca de que o tema «é pertinente e carece de uma abordagem interdisciplinar, que vai da Acção Social ao Direito, à Sociologia e à Psicologia».
Ainda na conferência de imprensa, Ana Mendes, da Casa Nossa Senhora do Rosário, destacou que as Jornadas têm como principal objectivo «passar a litigância para segundo plano, e a parentalidade positiva para primeiro». Miguel Costa, da ASOS – Associação Soltar os Sentidos, sublinhou a actualidade do tema, afirmando que «não há memória de um evento desta dimensão, sobre o tema, em Portugal. O elevadíssimo número de inscritos traduz o desconforto dos profissionais da área, que sentem que precisam de formação, de espaços de reflexão e de soluções rápidas, porque o tempo dos tribunais não é o tempo das crianças… se um processo demorar cinco anos, metade da infância passou», fez notar.
Também Maria José Colaço, da Ordem dos Advogados - Delegação da Figueira da Foz, destacou a presença de especialistas de diversas áreas como a mais-valia destas jornadas. «O Direito sozinho não faz uma Justiça justa», explicou.
Paula Bastos, da EAPN - Núcleo Distrital de Coimbra, abordou a importância de soluções eficazes na parentalidade como forma de evitar/ minimizar a exposição das crianças a situações de pobreza, enquanto Sandra Lopes, da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Figueira da Foz, considerou que as Jornadas podem contribuir para uma parentalidade mais positiva.
«Se isso acontecer, para além de estarmos a trabalhar para a felicidade das crianças, ficaremos todos mais felizes», concluiu.
As inscrições, gratuitas mas obrigatórias, nas I Jornadas sobre Parentalidade da Figueira da Foz - Evoluir do Conflito Parental para a Coparentalidade, estão abertas até 31 de janeiro (sujeitas à lotação do Grande Auditório do CAE) em https://goo.gl/forms/qfzmR591bpk2AAvD3
Os trabalhos decorrem entre as 9h30 e as 17h30, com painéis dedicados à «Coparentalidade e Parentalidade Positiva»; «Responsabilidades Parentais»; «Alienação Parental» e «Resolução de Conflitos e Mediação Familiar».