6.8.11

Plano de emergência pode deixar casos "graves" de fora

in RR

Não estamos perante um verdadeiro plano, mas sim de um conjunto de políticas, afirma Acácio Catarino, antigo presidente da Cáritas.

O plano de emergência social apresentado pelo Governo é positivo, mas tem alguns aspectos preocupantes, na opinião do antigo presidente da Cáritas, Acácio Catarino.

O também antigo conselheiro do ex-presidente Jorge Sampaio para as questões sociais considera que não estamos perante um verdadeiro plano e explica porquê.

“Não é propriamente um plano de emergência social que temos diante de nós, mas sim um conjunto de medidas de política social, que é qualquer coisa de diferente. Assim sendo, corremos o risco de determinadas situações, porventura das mais graves, ficarem excluídas, porque não estão contempladas neste elenco de medidas”, afirma Acácio Catarino.

O antigo presidente da Cáritas dá o exemplo das pessoas que “não tem nenhum rendimento e estão em risco de perder a sua casa, e só conseguem sobreviver com ajudas que lhes são proporcionadas”.

Acácio Catarino adverte que “para situações desta natureza não há, efectivamente, respostas, as respostas que existem são aquelas que os grupos vão tentando encontrar”.