Por Ana Rita Faria, in Público on-line
Para os consumidores, as perspectivas sobre a evolução da economia e da situação financeira do seu agregado familiar nunca foram tão más. Para as empresas, o pessimismo é transversal a todos os sectores.
De acordo com os Inquéritos de Conjuntura às Empresas e Consumidores, hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de confiança dos consumidores atingiu em Novembro um novo mínimo histórico. Este indicador tem estado a diminuir nos últimos três meses e, a contribuir para esta nova queda, está a deterioração das perspectivas dos consumidores para os próximos 12 meses.
O INE mostra que as perspectivas dos consumidores quanto à evolução da situação económica do país e da situação financeira do seu agregado familiar nunca estiveram num nível tão baixo, na sequência das sucessivas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo e da própria crise da dívida europeia.
As expectativas de aumento do desemprego e dos preços, usadas para aferir o indicador de confiança dos consumidores, estão também em níveis elevados.
Do lado das empresas, o indicador de clima económico atingiu em Novembro um mínimo histórico, estando em queda desde Setembro do ano passado. O pessimismo foi transversal a todos os sectores de actividade, desde a indústria transformadora e comércio aos serviços e à construção.