30.11.11

Cruz Vermelha distribui 250 bolsas de Natal para famílias carenciadas

Destak/Lusa, in Destak.pt

A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) vai apoiar 250 famílias carenciadas de três freguesias de Loures e Lisboa e da área de intervenção das suas duas delegações de Lisboa e Almendra (Foz Côa) com bolsas de Natal com produtos alimentares.

A entrega simbólica das bolsas decorreu esta manhã nas instalações do Centro Operacional de Emergência da CVP, no Prior Velho (Loures), onde estiveram representantes das juntas de freguesia de Sacavém (Loures), dos Olivais (Lisboa) e do Prior Velho.

“Penso que esta ajuda vai ser muito importante para nós. Temos cerca de 50 famílias sinalizadas e as 40 bolsas que recebemos já são uma boa ajuda para alegrar o Natal dessas famílias”, referiu à agência Lusa o presidente da Junta de Freguesia de Sacavém, António Pereira.

O autarca realçou o facto de existirem muitas famílias que com a crise perderam o emprego e que viram confrontadas, “de um momento para o outro”, com uma nova realidade.

“Estão a aumentar os chamados novos pobres. Uma pobreza envergonhada. Esses, no meu entender, são os casos mais delicados”, considerou.

A ideia é partilhada pelo presidente da Junta de Freguesia dos Olivais, José Rosa do Egipto, que disse ter conhecimento de crianças da escola básica que deixaram de levar o lanche.

“Tinham uma vida boa e de repente viram-se sem dinheiro para comer”, apontou.

O autarca referiu ainda que as 40 bolsas de Natal doadas aos Olivais irão ser distribuídas pelos dois centros de dia da freguesia.

Por seu turno, em declarações à Lusa, o coordenador local de emergência da Cruz Vermelha, Carlos Falcão, explicou que se trata de uma ajuda pontual que se destina a famílias que estão sinalizadas pelas juntas de freguesia.

“Não costumamos fazer a entrega direta dos bens. Preferimos delegar essa competência nas juntas de freguesia, que têm um melhor conhecimento das famílias que realmente necessitam de apoio”, apontou Carlos Falcão.

Contudo, o responsável admitiu que com a crise muitas pessoas já estão a procurar diretamente a Cruz Vermelha, que tem procurado ajudar os casos mais graves.

“Sentimos que houve um aumento de pessoas a vir ter connosco para os ajudarmos. Depois de fazermos uma análise rigorosa ajudamos com bens que temos disponíveis. Mas é sempre uma ajuda pontual”, esclareceu.