in TSF
O presidente do PSD e primeiro-ministro disse hoje se tivesse seguido outra estratégia no Governo, Portugal estaria como a Grécia, onde se fala em crise humanitária, e sublinhou que os «cofres vazios» do Estado custaram desemprego e sacrifícios.
«Não podemos deixar de observar que foi justamente o caso político que seguiu a estratégia que os nossos adversários defenderam aquele que não consegue nem fechar a ajuda externa nem fechar a crise económica e social e que, de crise política em crise política, aparece dramaticamente a pedir ajuda e a falar em crise humanitária», disse Pedro passos Coelho, no encerramento do congresso do PSD/Açores, na Ribeira Grande.
Para Passos Coelho, a situação grega dá «uma boa pista» do estado em que estaria Portugal se o Governo tivesse dado atenção a quem reiteradamente, nos últimos três anos, condenou o executivo por insistir em cumprir o memorando da troika e vaticinou que isso seria impossível de fazer ou arruinaria o país, reclamando outras vias, como a reestruturação da dívida, a renegociação do acordo com a troika ou um pedido de «mais tempo e mais dinheiro».
Comentando as recentes declarações de Maria Luís Albuquerque, Passos Coelho arrancou aplausos à plateia que o escutava e demonstrou a sua indignação pelas reações que se seguiram.
«Agora há quem fique ofendido porque a ministra das Finanças disse que tínhamos os cofres cheios. Deviam ficar ofendidos de saber que quando cá chegámos [ao Governo] os cofres estavam vazios, não havia lá um tostão. Nessa altura sim, onde estão? Acham que é um insulto aos portugueses que estão desempregados dizerem que temos os cofres cheios. O que é que significou para os portugueses todos nestes anos ter os cofres vazios? Custou muito desemprego, muita medida difícil», afirmou.
Apesar do cenário que encontrou em 2011 faz, garante Pedro Passos Coelho, parte do passado e nem sequer será servido como "arma de arremesso" nas eleições deste ano.