27.4.15

Ensino artístico em asfixia financeira

in RR

Verbas do Fundo Social Europeu só chegaram até Novembro. "Só estamos a laborar porque temos a boa compreensão de todos os funcionários".

O ensino artístico está no limite. A asfixia financeira está a impedir o pagamento de salários a três mil professores nas 79 escolas de ensino artístico especializado, espalhadas pelo país. Auxiliares e administrativos também não recebem.

O cenário repete-se em mais de 75% dos conservatórios de música do país, que estão desde Dezembro sem receber qualquer verba do Fundo Social Europeu, que lhes chega através do Estado.

"Isto causa constrangimentos enormes à liquidez das escolas", diz à Renascença Pedro Rovira, director administrativo de três escolas do centro: Coimbra, Figueira da Foz e Pombal.

“Neste momento, só estamos a laborar porque temos a boa compreensão de todos. No nosso caso, estamos a falar em mais de 100 pessoas que têm sido inexcedíveis, profissionais de mão cheia. Não fosse isso, não conseguiríamos estar abertos", acrescenta. Os salários estão em atraso desde Março.

Com excepção das escolas de Lisboa e Vale do Tejo e Algarve, a maioria teme fechar portas e, face à falta de resposta por parte do Ministério da Educação, preparam-se para um dia de protesto, marcado para quinta-feira.