Mário Barros, in Jornal de Notícias
Há hoje pessoas que apesar de terem fonte de rendimento pelo trabalho, vivem já em situações de pobreza ou de grande vulnerabilidade sócio económica. A titulo de exemplo, podemos dizer que cerca de metade das mais de 500 pessoas que as equipas de rua da Comunidade Vida e Paz contactam todas as noites não são pessoas ainda a viver na rua, mas são pessoas em situação de elevada vulnerabilidade social e um forte risco de pobreza e de exclusão social”.
Henrique Joaquim lança o desafio comum a interventores (profissionais e voluntários), Investigadores. decisores políticos (locais e nacionais), organizações da sociedade civil e empresas para se interrogarem acerca das razões que levam a que esteja quase tudo na mesma. É urgente um abanão de consciências para combater uma certa resignação no combate a estes problemas sociais”. Ou seja. acabar com a pobreza é possível, mas não no curto prazo.
Contribuir para a mobilização de outros setores, envolvendo-os no A pobreza e a exclusão social andam muitas vezes ligadas, ainda que a primeira condição seja sinónima da segunda O relatório da Cáritas 0 aumento da pobreza e das desigualdades - modelos sociais justos são necessários”, apresentado em abril deste ano, revelou que Portugal foi o pais, dos sete mais afetados pela crise, aquele teve a maior subida da taxa de risco de pobreza e exclusão social no ano de 2014. Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portugal. disse, então, ser “preciso tomar conta de toda a população portuguesa, mas temos de dar especial atenção aos grupos mais vulneráveis , que conjuntos vulneráveis são esses? Henrique Joaquim, presidente da Comunidade Além dos já devidamente Identificados. Hen- Vida e Paz, adianta; Se de facto continuamos
a ter os grupos Infelizmente já tradicionais a ip(e ai de risco viver a pobreza, cada vez mais se verifica a existência de outros grupos . E concretiza; de pobreza mais subiu Como solução, aponta um pacto alargado entre entidades públicas e privadas, desde os ministérios das áreas da Segurança Social e do Emprego, passando pela Saúde e Educação, às organizações da Economia Social e Solidária, até às empresas. Se a finalidade é a de que ninguém fique abaixo de um patamar mínimo de uma vida digna, então ninguém pode ficar de fora deste compromisso , declara.
Entidades como a EAPN Portugal - Rede Europeia Anti Pobreza são abrangentes no campo de atuação, ao promover, junto de pessoas em situação de pobreza, bem como de dirigentes Institucionais, a integração, ou Inclusão social, e a organização de ações que visem o desenvolvimento cultural, moral e físico das pessoas, reforçando a sua autonomia, sejam Idosos, deficientes, desempregados. famílias monoparentais. jovens em situação de risco. Imigrados, minorias étnicas e culturais, crianças maltratadas, pessoas sem abrigo ou outras. São já mais de seis dezenas de projetos nos quais a EAPN está envolvida, em matérias que vão desde a Inclusão e empregabilidade,à qualificação da intervenção social, à comunidade cigana, à escola contra a violência, entre muitos outros.
desenvolvimento de serviços e formas de Intervenção e de proteção social alternativas e de melhoria da qualidade de vida de pessoas ou grupos, prestando e dinamizando o necessário atendimento em centros especialmente construídos para esses fins, utilizando técnicas de ação social, apoio direto, de acordo com os meios materiais e técnicas próprias, encaminhamento com vista à resolução dos seus problemas, e formação em ordem à sua Integração social e Inserção sócio proflsslonal”.