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Mais de 1.300 organizações da sociedade civil espanhola convocaram para hoje mobilizações em meia centena de cidades, incluindo uma em Madrid, para protestar contra as políticas que geram pobreza e desigualdade sob o lema “As pessoas acima das multinacionais”.
Coincidindo com o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, a manifestação na capital espanhola vai figurar como a “última grande acção” da semana global de iniciativas contra a pobreza e o Acordo Transatlântico de Livre Comércio e Investimento entre a União Europeia e os Estados Unidos, segundo os organizadores (TTIP).
As organizações querem que as pessoas demonstrem a sua oposição a uma “crescente desigualdade e pobreza”, que beneficia as elites económicas e afectam o bem-estar e direitos humanos das grandes maiorias sociais, referem num comunicado citado pela agência noticiosa Efe.
A campanha “NoalTTIP” e a Aliança Espanhola Contra a Pobreza, que aglutinam as mais de 1.300 organizações que convocaram os protestos, também consideram que os tratados de livre comércio que a União Europeia pretende firmar com os Estados Unidos e o Canadá “geram um grave défice democrático na participação e soberania”.
Um dos grupos frisou, em comunicado, ser “intolerável” que os poderes públicos e empresas se tenham acostumado a “conviver com as actuais taxas de pobreza e exclusão social”.
Uma em cada cinco pessoas vivem em Espanha em risco de pobreza e exclusão e a desigualdade continua a crescer enquanto o número de milionários aumentou 13% entre 2012 e 2013, recorda ainda a Cimeira Social Estatal, afirmando que Espanha é o segundo país na Europa em matéria de índices de desigualdade.
As exigências dos organizadores dos protestos passam por pedir um novo modelo económico e social que transforme radicalmente as regras do jogo para que as pessoas sejam a “prioridade”.