2.12.15

Missão europeia já salvou mais de 5.700 vidas no Mediterrâneo

in RR

Último balanço do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados revela que 806.000 pessoas chegaram à Europa através do mar.

A Força Naval da União Europeia salvou mais de 5.700 vidas de migrantes no mar Mediterrâneo no âmbito da operação Sophia, que se iniciou em Junho e actualmente se encontra na segunda de quatro fases.

Em conferência de imprensa de balanço, em Bruxelas, o comandante da operação, Enrico Credendino, precisou que além de esta intervenção ser uma "demonstração efectiva da política europeia", contribuiu para 43 suspeitos de tráfico humano serem detidos, a destruição de 46 barcos e o salvamento de 5.723 migrantes.

O militar garantiu que até agora "não se teve que usar a força" nas operações, que envolvem seis países terceiros (Argélia, Tunísia, Egipto, Turquia, Estados Unidos e Líbia), agências europeias, a NATO, organizações não governamentais e instituições como a Liga Árabe e União Africana.

A EUNAVFOR MED integra a abordagem comunitária para responder à crise de migrantes, nomeadamente no combate às causas para a partida de pessoas dos seus países, como conflitos, pobreza, alterações climáticas e perseguições.

A Polícia Militar portuguesa também tem apoiado à Guarda-costeira grega, integrada na missão da agência FRONTEX, até ao dia 30 de Setembro de 2016. Até ao momento a equipa já resgatou, em segurança e transportou para terra, cerca de 1.300 refugiados e emigrantes, entre os quais 261 crianças e 282 mulheres.

Segundo a ONU, mais de 800 mil migrantes e refugiados chegaram em 2015 à Europa através do Mediterrâneo. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) revela que 806.000 pessoas atravessaram em 2015 o Mediterrâneo para chegar ao território europeu, dos quais a grande maioria, 660.700, passou pela Grécia e pelas ilhas gregas do mar Egeu.

Um total de 3.460 migrantes morreu ou desapareceu durante a travessia, indicaram os mesmos dados.

Cerca de 62% dos migrantes e refugiados que chegam à Grécia são oriundos da Síria, 23% do Afeganistão e 7% do Iraque, segundo a ONU.