Madalena Queirós, in Económico
Criar condições para incentivar os jovens a empreender é a solução, diz Miguel Horta e Costa.
Prestar serviços à comunidade, praticar um desporto, desenvolver um talento e vencer alguns testes de sobrevivência. Estas são algumas das provas que os jovens dos 14 aos 24 anos têm que vencer para conseguir o Prémio Infante D. Henrique, a versão portuguesa do “The Duke of Edinburgh’s International Award”.
Ter este “selo” no currículo pode ser factor de desempate na conquista de um emprego ou de uma vaga nas melhores universidades mundo, revela o presidente da Direcção do Prémio Infante Dom Henrique, Miguel Horta e Costa em entrevista ao Capital Humano do ETV.
Já participaram cerca de 10 milhões de jovens de 140 países desde que este programa foi criado em 1956.
O que é o Prémio Infante D. Henrique?
O Prémio Infante D. Henrique é a versão portuguesa do Prémio Duque de Edimburgo criado em 1956 com o objectivo de promover um conjunto de características essenciais dos jovens. O prémio é um programa internacional de desenvolvimento pessoal e social destinada a jovens dos 14 aos 24 anos e que procura desenvolver características essenciais tão importantes como complemento da educação que têm na escola. Para além de valores como seriedade, honestidade, dedicação, desenvolve características como a autoconfiança, a auto-estima, a responsabilidade, a cidadania activa, a liderança, o saber trabalhar em equipa, a motivação, a comunicação a capacidade de aprendizagem.
Ter o prémio pode ser um passaporte para um emprego?
O prémio é como um ‘selo’ que garante que quem o tem que é bem formado. O que é tão importante hoje em dia, quando falamos de empregabilidade. Por isso este prémio tem sido um caso de enorme sucesso internacional.
Portugal foi escolhido para acolher uma prova internacional ...
O programa internacional residencial que vamos acolher no Funchal, no próximo ano, é destinado aos jovens candidatos ao prémio Ouro que são os mais velhos. Porque o prémio tem três escalões em função da idade: bronze, prata e ouro. Na prática os candidatos terão que fazer um trabalho de equipa junto de uma escola, universidade ou organização. Ao todo deveremos receber mais de cem jovens de 13 países diferentes.
O que recomendaria a um jovem hoje para ter sucesso?
O que me parece muito importante é desenvolver junto dos jovens a grande vontade de empreender, porque o empreendedorismo é a chave para responder ao drama do desemprego que hoje vivemos em Portugal e na Europa. É importante que os jovens tenham cada vez mais a ambição de criar o seu negócio, a sua empresa, ou a sua área de actividade. Criar as condições para acarinhar e promover o empreendedorismo será a chave para resolver o problema do desemprego.
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