autoria Adriano Miranda, in Público on-line (P3)
Há muito por saber sobre a comunidade cigana em Portugal e falar dela sem cair em estereótipos nem sempre é fácil — inclusive para profissionais da comunicação social. Foi para esse público que o projecto (In)Formar para a Igualdade e para a Cidadania, financiado pelo Fundo de Apoio à Estratégia Nacional para a Integração das Comunidades Ciganas (FAPE) e gerido pelo Alto Comissariado para as Migrações (ACM), foi desenhado. Quando Adriano Miranda soube do projecto através do Sindicato dos Jornalistas, com quem foi feita uma parceria, ofereceu-se imediatamente para colaborar. "Achamos que a melhor forma de o fazer seria fazendo um registo fotográfico de mulheres ciganas que paraticiparam no projecto", explicou ao P3 a coordenadora Sofia Neves. Assim foi. O fotojornalista do PÚBLICO registou os olhares de mulheres do Bairro do Seixo e do Acampamento de Águas Santas e junta agora esses registos numa exposição no Instituto Universitário da Maia (ISMAI). As mulheres da comunidade cigana são geralmente pessoas "pouco qualificadas que se dedicam à família e põem a posição de mãe acima de qualquer outra". Mas no projecto (In)Formar para a Igualdade e para a Cidadania houve um outro lado a dar nas vistas: "Aceitaram muito bem o projecto e foram muito participativas e interessadas", conta a investigadora na área da Psicologia Sofia Neves. Depois da passagem pelo ISMAI, a exposição deverá circular por várias cidades do país.