26.7.11

IURD quer transformar antigo cinema Vale Formoso em centro social e cultural

in Público on-line

A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) prevê transformar o seu antigo templo central do Porto, que funcionava no cinema Vale Formoso, num centro social e cultural, disse hoje fonte oficial daquela confissão religiosa.
Espaço foi fechado há cerca de um ano, depois da inauguração de um novo templo construído de raíz.

O espaço encontra-se fechado depois de a IURD ter inaugurado, faz sexta-feira um ano, um novo templo no cruzamento das ruas Egas Moniz e Serpa Pinto, o primeiro construído de raiz por aquela Igreja evangélica na Europa.

“Neste momento, o cine Vale Formoso encontra-se encerrado, mas está a ser ultimado um projecto de âmbito social e cultural, o qual irá ser uma mais-valia para a cidade do Porto”, assegura à agência Lusa fonte da IURD.

Quanto à nova catedral, que custou 18 milhões de euros, o investimento foi feito através de financiamento bancário, “o qual é pago através das doações feitas pelos fiéis que frequentam o Centro de Ajuda Espiritual”, explicam os responsáveis da Igreja.

O novo templo “demonstrou cabalmente o serviço público sério e transparente que a nossa instituição promove na cidade do Porto, através do seu trabalho espiritual e social”.

O espaço acolhe, além do templo em si, instalações de rádio e de televisão, gabinetes de apoio a famílias com problemas de toxicodependência, alcoolismo e violência doméstica, dependências para ajuda a idosos e, entre outras valências, estruturas de incentivo à alfabetização e de orientação a jovens.

Actualmente gera meia centena empregos. A confissão religiosa, que nos anos 90 do século 20 tentou comprar o Coliseu do Porto para a sua catedral na cidade, suscitando um movimento público de protesto, reconhece agora que a construção do novo cenáculo foi a melhor opção.

“Jamais se poderá comparar um imóvel ao outro! O cenáculo foi uma infra-estrutura pensada ao milímetro, de modo a possibilitar o máximo conforto a quem nos visita, a facultar toda a logística para atender às nossas necessidades e a espelhar a dimensão para quem nos observa”, observam os responsáveis desta confissão religiosa que diz receber diariamente nos seus templos portugueses 30 mil a 40 mil pessoas, das quais dez mil a 12.500 são do Grande Porto.

Afirmando ter por objectivo construir mais catedrais de raiz em Portugal, sem avançar aonde, a IURD explica que a primeira foi lançada no Porto por “uma questão de oportunidade”, mas também “como um plano de Deus para compensar o seu povo numa região alvo de inúmeras perseguições religiosas”.