in Diário Digital
O relatório Indicadores de Desenvolvimento Global 2016, do Banco Mundial, afirma que, nos últimos 25 anos, o percentual de desnutrição caiu quase pela metade no mundo, de 19% para 11%. No entanto, ainda há 795 milhões de pessoas desnutridas no mundo.
Washington - O relatório Indicadores de Desenvolvimento Global 2016, do Banco Mundial, afirma que, nos últimos 25 anos, o percentual de desnutrição caiu quase pela metade no mundo, de 19% para 11%. No entanto, ainda há 795 milhões de pessoas desnutridas no mundo hoje, a maior parte delas em países de baixa renda, como os da África Subsaariana.
O documento diz ainda que vai ser muito difícil acabar com a fome até 2030, cumprindo o segundo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU, se o ritmo atual de queda continuar o mesmo.
O relatório discute maneiras de alcançar os objetivos das Nações Unidas. Uma delas é elevar a produtividade das famílias rurais. Afinal, para 70% dos pobres do mundo que vivem no campo, a agricultura é a principal fonte de emprego e renda.
Além disso, em 2030, a população e a demanda por alimentos devem aumentar nos países mais pobres do mundo, onde a produtividade agrícola é menor e a vulnerabilidade às mudanças climáticas, mais alta.
Alterações na produtividade agrícola, principalmente na produção de cereais, influem nos números de pobreza e desnutrição, segundo o estudo do Banco Mundial.
Em períodos de estagnação na produtividade, como a ocorrida entre 1990 e 1999 nos países mais pobres do mundo, houve pouca melhora nos níveis de pobreza e saúde nutricional.
Já entre 2000 e 2012, quando o crescimento médio anual de produção de cereais nos países de baixa renda foi de 2,6%, a pobreza e a desnutrição caíram 2,7% ao ano.
O relatório do Banco Mundial também traz avanços nos indicadores de nanismo e desnutrição severa em crianças de até 5 anos, mas lembra que ainda há muito por fazer.
A prevalência de nanismo, por exemplo, diminuiu desde 1990, mas permanece perto de 40% nos países mais pobres do mundo. Até 2025, o segundo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável visa reduzir em 40% o número de crianças de até 5 anos com nanismo.