Texto Francisco Pedro, in Fátima Missionária
O número de refugiados sírios a viver abaixo do limiar da pobreza no Líbano atingiu os 70 por cento. Na Jordânia, este índice chega aos 90 por cento, sobretudo nas áreas urbanas
Apesar dos progressos na entrega de ajuda aos refugiados sírios, continua a aumentar o número de famílias que vive no limiar da pobreza, e a quantidade de agregados familiares com dívidas elevadas. Segundo um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), na Jordânia, 90 por cento dos refugiados registados na área urbana vivem na miséria e 67 por cento das famílias têm dívidas.
O documento, elaborado em parceria com mais de 200 organizações nacionais e internacionais, revela ainda que no Líbano a média da dívida de cada família refugiada sofreu um aumento no primeiro trimestre do ano e que o número de pessoas a viver na pobreza subiu para 70 por cento, em comparação com os 50 por cento de 2014.
De acordo com os responsáveis do ACNUR, após cinco anos de conflito, os governos e as comunidades que acolhem os sírios continuam a sofrer o peso económico, político, social e de segurança, pois as instituições públicas desses países estão permanentemente sob «extrema pressão» para fornecer serviços básicos a um número crescente de pessoas consideradas «vulneráveis».