in TSF
A estimativa provisória foi divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.
Os trabalhadores que se reformem antecipadamente em 2019 terão um corte de 14,7% na pensão, resultado do aumento da esperança média de vida, segundo a estimativa provisória avançada pelo INE.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2017, a esperança de vida estimada aos 65 anos foi de 19,49 anos.
Segundo contas feitas pela agência Lusa, com base na legislação em vigor, esta atualização da esperança média de vida significará um corte de 14,67% no valor das novas pensões antecipadas por via do fator de sustentabilidade no próximo ano.
Este fator expressa a relação entre a esperança média de vida aos 65 anos em 2000 (16,63 anos) com a que foi obtida no ano imediatamente anterior ao do início da pensão, conforme explica a legislação.
Para compensar este corte, os beneficiários da segurança social podem optar por ficar mais tempo ao serviço, fazer mais descontos ou reforçar os descontos para regimes complementares.
Este corte soma-se às penalizações de 0,5% por cada mês que falta para a idade normal de reforma, que no próximo ano será de 66 anos e 5 meses, ou 6% ao ano.
As longas e muito longas carreiras contributivas escapam a este corte, por causa do regime especial criado pelo Governo em 2017 e que vai ser alargado em 2019, que isenta desta penalização os trabalhadores que aos 60 anos já tenham 40 de carreira, ou seja, tenham começado a trabalhar aos 20 anos de idade (ou antes) e que todos os anos tenha descontos para a Segurança Social.
O valor hoje comunicado hoje pelo INE é ainda provisório e será divulgada uma versão definitiva no próximo ano.