in TSF
Médicos de família vão ser alertados para os sintomas de uma doença silenciosa, que tem uma elevadíssima taxa de mortalidade.
É um dos cancros mais mortais, com uma baixíssima taxa de sobrevivência (inferior a 10%), mas os sintomas muitas vezes não são bem avaliados a tempo. A Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo (Europacolon) avança a partir da próxima quinta-feira com uma campanha junto de 750 médicos de família para que estejam mais atentos ao cancro do pâncreas.
O presidente da associação, José Neves, adianta à TSF que a razão é facilmente justificável: a maioria dos doentes só são detetados "nas urgências dos hospitais, quando a icterícia ou os olhos amarelos já são evidentes e as dores são tantas que já não se conseguem movimentar".
Ouça as explicações de José Neves ao jornalista Nuno Guedes.
Os doentes diagnosticados a tempo de cirurgia vivem mais tempo, algo que muitas vezes não acontece porque se trata de uma doença "silenciosa" com sintomas vagos, mal compreendidos e associados a outras doenças bem menos graves.
Os sintomas do cancro do pâncreas incluem dor abdominal, perdas de peso, icterícia (pele e olhos amarelos), náuseas e perda de apetite ou problemas digestivos. Situações tão comuns que levam os médicos a muitas vezes não pensarem neste tipo de cancro, adiando os diagnósticos a tempo.
Além da campanha junto dos médicos de família, a Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo assinala o Dia Mundial do Cancro Pancreático na próxima quinta-feira com um debate no Porto sobre uma doença com elevadíssima taxa de mortalidade.