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Mais experientes, com mais capacidades e a custar o mesmo. Uma revolução na restauração nos Estados Unidos.
Até há bem pouco tempo quem entrava numa cadeia de "fast-food", normalmente, encontrava do outro lado do balcão um “teenager” que ali estava à procura de fazer uns trocos ou um jovem adulto a iniciar a carreira profissional. Mas isso está a mudar.
A agência Bloomberg noticia que as grandes cadeias de comida rápida estão agora a contratar em centros de dia, em igrejas e em redes de recrutamento dedicadas a pessoas de mais idade.
A McDonalds já anunciou, inclusivamente, que irá dar prioridade à contratação de trabalhadores seniores, já no próximo ano.
Os recrutadores dizem que estes trabalhadores têm mais-valias nas características sociais, nomeadamente na forma como tratam os clientes e na pontualidade, que muitas vezes faltam aos mais novos.
Para este fenómeno há duas tendências poderosas que entraram em ação: a maior escassez de mão-de-obra no mercado de trabalho nos últimos cinquenta anos e a propensão para que os norte-americanos viverem mais e continuarem a trabalhar, mesmo que seja em "part-time" para complementar a escassa reforma.
Entre 2014 e 2024, espera-se que o número de americanos trabalhadores com idades entre 65 e 74 anos cresça 4,5%, enquanto os de 16 a 24 anos deverão encolher 1,4%, de acordo com o “Bureau of Labor Statistics” dos EUA.
A contratação de trabalhadores mais velhos é um bom negócio para cadeias de "fast-food". As empresas ganham anos de experiência pelo mesmo salário – em média de 9,81 dólares (8,61 euros) por hora no ano passado, que pagariam alguém décadas mais jovem. Um benefício considerável para uma indústria sob pressão do aumento dos custos de transporte e de matérias-primas.