Rita Paz, in Económico
As dificuldades financeiras e a falta de margem para fazer face a todas as despesas afetam 32% das famílias monoparentais.
Mais de três quartos das famílias portuguesas têm dificuldades em pagar as contas. E deste total, 7% vivem mesmo em situação de pobreza. Apenas 23% dos agregados familiares nacionais vivem desafogados e têm qualidade de vida.
Lá fora, a percentagem de agregados com dificuldades também é elevada – 61%, na Bélgica e 75%, em Itália e Espanha – mas Portugal é o país que fica pior na fotografia.
A conclusão é do primeiro Barómetro Deco Proteste, que avaliou o nível de vida das famílias portuguesas com base na facilidade que estas têm (ou não) em fazer face a seis grandes conjuntos de despesas: habitação, saúde, alimentação, educação, mobilidade e tempos livres.
O Barómetro permitiu ainda identificar segmentos da população mais vulneráveis. Sem surpresa, os agregados com algum dos membros em situação de desemprego enfrentam dificuldades acima da média (11%). Mas é nas famílias monoparentais que os níveis de pobreza atingem valores brutais: 32%.
Também as habilitações literárias pesam na balança da qualidade de vida. Mais de um terço das famílias em que ambos os membros do casal têm formação superior situam-se na zona de conforto do índice, algo que só acontece a 13% dos agregados em que nenhum dos membros do casal frequentou a universidade.