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ONU estima que 1,85 milhões de pessoas em Moçambique precisam de assistência após a passagem do ciclone Idai.
A agência da ONU para a ajuda humanitária OCHA calcula, no seu último relatório da situação, que 1,85 milhões de pessoas precisam de assistência urgente em Moçambique após a passagem do ciclone Idai em Moçambique, Zimbabué e Malawi.
"Alguns [afetados] estão em situações de perigo de vida. Alguns infelizmente vão perder os seus meios de subsistência, o que é uma tragédia assustadora mas não é uma ameaça imediata", disse o coordenador da OCHA à Reuters, Sebastian Rhodes Stampa.
Segundo o último balanço, 762 pessoas morreram nos três países à passagem do ciclone a 14 de março, 446 em Moçambique.
Números da ONU relativos a Moçambique
Mortos - 446
Feridos - mais de 1500
Casas destruídas - mais de 58.600
Culturas destruídas - cerca de 500 mil ha
O Governo moçambicano adiantou que estes números ainda são provisórios, já que à medida que o nível da água vai descendo vão aparecendo mais corpos.
Segundo o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), a população afetada pelo ciclone Idai em Moçambique subiu para 794 mil e o número de mortos para 447.
Em relação a domingo, o instituto acrescenta uma vítima mortal aos dados divulgados e aumenta em 50% o número de pessoas atingidas.
Esta população afetada não significa que esteja "em risco de vida".
"São pessoas que perderam as casas" ou que estão "em zonas isoladas e que precisam de assistência", explicou no domingo o ministro da Terra e Ambiente, Celso Correia.
Por seu lado, o número de salvamentos faz com que os centros de acolhimento continuem a encher e registem já 128.941 entradas (mais 18% que no domingo), das quais 6.500 dizem respeito a pessoas vulneráveis - por exemplo, idosos e grávidas que recebem assistência particular.