Christiana Martins, in Expresso
Maternidade: Em 2018 registou-se o número mais baixo de partos de mães até aos 14 anos. Abortos também desceram
A Direção-Geral da Saúde sublinha que o mais importante é conseguir prevenir a ocorrência de gravidez entre as adolescentes
Em sete anos, a gravidez adolescente em Portugal sofreu uma redução de 44%, tendo passado de 6021 casos em 2011 para 3390 em 2018. No último ano avaliado pela Direção-Geral da Saúde, entre as raparigas grávidas até aos 19 anos, 1362 acabaram por abortar legalmente, o que também representa um decréscimo.
“Os números evidenciam a enorme evolução dos últimos anos, fruto da educação sexual, das consultas de planeamento familiar e de as raparigas terem projetos de vida que, à semelhança das mulheres mais velhas, as levam a adiar a maternidade”, explica Fátima Palma, coordenadora da Unidade de Ginecologia da Infância e Adolescência da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa. Recorda que ali chegaram a ser feitos 200 partos anuais em adolescentes e que, atualmente, não ultrapassam os 50: “Já teremos atingido o patamar mínimo. Os casos remanescentes que chegam à consulta de adolescentes resultam de características de comunidades específicas, como os ciganos, que aceitam e até incentivam a gravidez precoce.”
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