in Jornal Público
São ainda poucas as pessoas que arranjam colocação através do centro de emprego
Os desempregados inscritos nos centros de emprego ao longo de 2009 aumentaram 17,6 por cento em comparação com o ano anterior, em consequência da crise económica que contaminou o mercado de trabalho. Cerca de 76 por cento das inscrições ocorreram no Norte e na região de Lisboa e Vale do Tejo, mas o crescimento homólogo mais significativo verificou-se no Algarve (55,2 por cento).
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Pouco mais de 8 por cento dos desempregados inscritos conseguiram arranjar trabalho através dos centros de emprego. Trata-se de um aumento de 0,6 por cento em relação ao ano anterior, mas o ritmo de crescimento reduziu-se significativamente devido à crise.
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As autocolocações continuam a ser a principal via para os desempregados saírem das listas do IEFP. Do total de desempregados registados nos centros de emprego no ano passado, 20 por cento conseguiram encontrar emprego pelos próprios meios. Mas também aqui a crise se fez sentir, já que se trata de uma percentagem inferior aos 23 por cento verificados em 2008.
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Os serviços de segurança são a área onde os centros de emprego fazem mais colocações, seguidos da construção civil (8197), dos vendedores (6654), dos empregados de escritório (5807), dos trabalhadores do comércio (5807) e dos operários (4828).
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A faixa etária que mais facilmente consegue entrar no mercado de trabalho através dos centros de emprego é a dos 35 aos 54 anos, que representa 37,4 por cento das colocações.
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O salário médio oferecido aos desempregados que voltam a trabalhar manteve-se face a 2008, mas pode ser alvo de negociação entre a empresa e o trabalhador.