Hugo Paula, in Jornal de Negócios
A SKS Microfinance, que concede empréstimos às pessoas mais pobres da Índia, planeia entrar em bolsa com a venda de acções no valor de 250 milhões de dólares (188 milhões de euros), naquela que é a primeira primeira operação do género de uma firma de microcrédito no país.
A firma financeira que é detida pela Sequoia Capital é a maior empresa de microcrédito do país e planeia vender 16,8 milhões de acções, de acordo com o documento que dá conta da oferta de acções. Os bancos encarregues da operação são o Citigroup, o Crédit Suisse e o Kotak Mahindra Capital, diz a empresa.
Este banco concede empréstimos de montantes entre 22 dólares e 260 dólares a mulheres que gerem negócios, como criar gado ou que querem abrir um, como uma barraca de chá na aldeia, num país onde mais de 800 milhões de pessoas vive com menos de dois dólares por dia e em que cerca de 120 famílias não têm acesso a serviços bancários ou financeiros. O resultado é uma procura destes empréstimos no valor de 1,2 biliões de rupias, de acordo com a Crisil Ratings, unidade indiana do Standard & Poor’s, citada pela Bloomberg.
A Sequoia Capital, que detém a empresa de microcrédito, é uma firma de “venture capital” e uma das primeiras a investidores na Google e na Yahoo!. Pelo menos 60% das acções da SKS vão estar disponíveis para venda a investidores institucionais.