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Alfredo Bruto da Costa diz que a solução é “encontrar novos mercados, novos produtos”.
Sem surpresa, mas com preocupação, é desta forma que Alfredo Bruto da Costa reage aos dados da OCDE que indicam que 16,6% das crianças portuguesas vivem em situação de pobreza. É a oitava maior taxa de pobreza infantil entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.
Em declarações à Renascença, o presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz sublinha que as crianças são pobres em consequência dos baixos rendimentos dos pais.
Bruto da Costa adverte que não é com uma política de baixos salários que o país aumenta a competitividade. “Cerca de 40% das famílias pobres são famílias de pessoas empregadas. Se são pessoas empregadas, não é por medidas de política social que se resolve o problema destas famílias, é um problema de política económica: eles são pobres porque os salários são baixos, incomportáveis para as pessoas viverem normalmente. Qualquer tentativa de aumentar a competitividade do nosso país através de salários baixos é completamente inviável, é um disparate”, disse.
Nestas declarações, Bruto da Costa aponta algumas opções estratégicas para o desenvolvimento social e económico: em matéria de tecnologia, em matéria de organização, em matéria de encontrar novos mercados, novos produtos, é por aí que podemos arranjar mais empregos e mais rendimentos para as famílias mais pobres”.
Declarações do presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, à margem do Seminário promovido pela associação PRO DIGNITATE, no âmbito do Ano Europeu contra a Pobreza e Exclusão Social.