Por Rosa Soares, in Público on-line
As famílias portuguesas retiraram 3,4 mil milhões de euros dos "velhos" Certificados de Aforro (CA) entre Janeiro de 2008 (quando se atingiu o máximo de subscrições) e Março do corrente ano.
O ritmo de resgates destes títulos acelerou-se significativamente nos últimos três meses, atingindo os 754 milhões de euros, o que representa metade do valor retirado durante o ano passado.
O montante retirado no primeiro trimestre é superior à poupança confiada ao Estado nos novos Certificados do Tesouro (CT), que no mesmo período se ficou por 597 milhões de euros. Desde que foram criados, em Julho do ano passado, os CT atraíram 1040 milhões.
Já os depósitos bancários estão a subir desde 2008 e atingiram, em Fevereiro, o valor mais alto desde Outubro de 1989 (últimos dados do Banco de Portugal), ao totalizar 119.864 milhões de euros.
Apesar do crescimento dos depósitos, o boletim estatístico revela que a banca nunca emprestou tão pouco dinheiro às famílias e às empresas. Em Abril, o montante de empréstimos atingiu 3,93 mil milhões de euros, o mais baixo desde 2003, ano a partir do qual é disponibilizada informação. Nas famílias, o crédito para a compra de habitação caiu 27 por cento, para 549 milhões. Para as empresas, a concessão de crédito caiu 740 milhões de euros homólogos.