in Diário de Notícias
Não são dados definitivos, longe disso, mas um grupo de técnicos do ISEG finalizou a primeira fase de um estudo sobre o verdadeiro universo das empresas municipais, deixando a descoberto muitas mais do que está oficialmente elencado - e já com um passivo de 2,7 mil milhões (passivo e não endividamento, ao contrário do que se lê no título do DN de hoje), muito acima dos activos de mil milhões. Apuraram-se nesta primeira fase cerca de 400 empresas públicas, bastante acima das 281 "oficiais" que constam do último relatório da direcção-geral da Administração Local.
O número, pode ser, porém, revisto em baixa. É que desde o seu início (e da publicitação deste trabalho) várias câmaras deram ordem de extinção de algumas dezenas destas empresas - ontem houve notícia de uma, em Aveiro. O trabalho de campo vai, durante o próximo mês, rever todos os dados, para não haver erros numa matéria delicada do ponto de vista político e orçamental.
Os dados preliminares são, apurou o DN, particularmente altos. Não só no número de empresas municipais existentes, mas também pelo passivo desse novo universo, de 2,7 mil milhões de euros, segundo fonte envolvida no processo. Quanto a activos, rondam os mil milhões de euros. Quanto a funcionários, serão 14 mil os identificados na primeira fase do trabalho de campo.
Mesmo assim, nem todas as câmaras têm empresas municipais "activas". São aliás pouco mais de metade as que usam este instrumento: 55%. Pelo que as situações são muito díspares pelo país, mesmo do ponto de vista da real necessidade de cada empresa. Do que ainda não há indicação no "draft" já entregue é do número de administradores. O normal é que a proporção seja de três por empresa, o que daria mais de 1200.