in Jornal de Notícias
O ministro da Educação disse na noite de sábado no Bombarral que uma das medidas imediatas a tomar é acabar com a "dispersão curricular" no terceiro ciclo.
Nuno Crato, ministro da Educação
"Vamos reduzir a dispersão curricular que existe no 3º ciclo", afirmou Nuno Crato. Neste sentido, explicou que a medida passa por "reformular currículos e concentrar a actividade no português e matemática" não só no terceiro, mas também no segundo ciclo.
Ainda em relação ao 2º ciclo, Nuno Crato afastou a ideia de proibir o uso da calculadora. "Eu não pretendo acabar com a calculadora. O que pretendo é que os alunos não passem de repente a substituir o cálculo mental pela calculadora", explicou.
Outras medidas a implementar passam pela realização de exames finais de conclusão do 2º ciclo e pelo alargamento aos exames nacionais do terceiro ciclo das disciplinas de inglês e ciências.
O ministro afirmou que "o 2º ciclo deve ser de avanço e não de retrocesso", justificando a introdução de exames nacionais no 6º ano.
Nuno Crato reafirmou a intenção de rever os currículos, sobretudo no português e na matemática.
Quanto à avaliação dos professores, considerou que "não é o problema central da educação", acrescentando que "há muitos problemas e mais importantes", tais como a aprendizagem dos alunos.
Contudo, disse que o actual modelo de avaliação dos docentes "não serve", defendendo um "modelo que não seja burocrático e que não seja feito por outros professores".
Nuno Crato falava aos jornalistas à margem da Feira do Livro do Bombarral, em que participou enquanto autor de livros.