5.7.11

Situação social não melhorará nos «tempos mais próximos»

in Diário do Minho

O Presidente da República, Cavaco Silva, afirmou ontem que não se pode esperar que «nos tempos mais próximos ocorra uma melhoria significativa da situação social» e reiterou o apelo a uma «distribuição justa dos sacrifícios».

«Num tempo de austeridade como aqueles que vivemos em Portugal, não podemos esperar que nos tempos mais próximos ocorra uma melhoria significativa da situação social da nossa população», afirmou Cavaco Silva, na entrega dos prémios EDP Solidária 2011, no Museu da Electricidade, em Lisboa.

«Devemos ter bem presente que este é um tempo em que muitos portugueses vivem sérias dificuldades, temos à nossa frente um grande desafio de emergência social. Daí o apelo que eu tenho dirigido, para uma distribuição justa dos sacrifícios que se pedem aos portugueses», apelou.
A propósito da actividade da Fundação EDP, o Presidente sublinhou as «ideias básicas» da «responsabilidade social» e a «inovação social», que conjugadas dão origem a uma «nova concepção de filantropia».

«Não se trata mais de dedicar uma parte dos resultados de uma empresa a uma dádiva a esta ou aquela obra social. Trata-se, sim, de promover soluções de sustentabilidade social. Isto é, trata-se de substituir uma cultura da dádiva, por uma cultura da criação de oportunidades sustentadas de valorização das pessoas», sustentou.

Cavaco Silva referiu-se aos «novos pobres», pessoas que por uma «situação de desemprego, quebra de laços familiares, endividamento» passam por dificuldades, até de «carência alimentar», e aos idosos, deficientes, doentes, crianças maltratadas e às vítimas de violência.